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AGEMS prepara regulamento para incentivar geração de energia renovável de biometano em MS

A grande disponibilidade de biomassa favorece o uso dessa fonte energética

O gás biometano poderá ser uma importante fonte energética em Mato Grosso do Sul nos próximos anos, e a AGEMS (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) já se antecipa, iniciando os estudos para elaborar o arcabouço regulatório. Esse conjunto de normas vai direcionar a forma de geração do biometano, garantindo as condições adequadas para a produção e disponibilização do insumo. A expectativa é ter o trabalho concluído neste ano, fazendo da agência sul-mato-grossense uma das primeiras no País a ter a regulamentação.

Equipe da Diretoria de Gás Canalizado, Energia e Mineração (DGE) passou recentemente por capacitação em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR). Também já está tratando da redação dos regulamentos.

Valter Silva, diretor da DGE

“O Estado e a Agência têm incentivado a busca de fontes renováveis alternativas de geração de energia, por isso é preciso estabelecer as diretrizes para programas específicos e também prever normas de regulação para os diversos setores que estão no perfil socioeconômico de Mato Grosso do Sul”, explica o diretor da DGE, Valter Almeida da Silva.

Regulação e inovação

Como é prerrogativa do Estado desempenhar os serviços locais de gás canalizado, um grupo de trabalho já está avançando nos estudos e definindo os procedimentos técnicos necessários para a regulação dessa atividade. Isso permitirá a injeção do biometano na rede de distribuição de gás local, ampliando a participação das fontes renováveis alternativas na matriz elétrica de Mato Grosso do Sul.

AGEMS prepara regulamento para incentivar geração de energia renovável de biometano em MS
Carlos Alberto de Assis, diretor-presidente da AGEMS

O arcabouço regulatório do biometano/biogás é uma das metas de entregas à sociedade previstas no Contrato Interno de Gestão para o exercício de 2022 da DGE/AGEMS. “Uma das nossas importantes iniciativas é desenvolver estudos para incentivar o uso de fontes alternativas renováveis para geração de energia elétrica”, conta o diretor-presidente da Agência, Carlos Alberto de Assis. “Existe hoje uma preocupação mundial, nacional, e também do Governo do Estado, por uma melhor situação climática e com a destinação dos dejetos sólidos. A AGEMS vai contribuir para a busca de soluções de preservação para as próximas gerações, dos recursos naturais cada vez mais escassos”.

Biogás e biometano

O biometano é produzido a partir do biogás obtido de diversas fontes, entre elas as de aterro sanitários e os de tratamentos de esgoto sanitário e, de uma forma mais eficaz, dos energéticos de biomassa, como o bagaço de cana e resíduos de madeiras de reflorestamento.

O biogás é a forma mais ‘bruta’, é o gás produzido com o uso de biodigestores, que tem sua utilidade, mas com limitações. E a partir dele, podem ser gerados biometano combustível e eletricidade. “Aqui no nosso Estado, essa energia alternativa tem mostrado viabilidade econômica e financeira relevante. O biometano, nas condições adequadas, pode ser injetado na rede de distribuição de gás natural, conforme já previsto na regulamentação específica da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para o biometano oriundo da biomassa, que é matéria-prima muito presente na nossa matriz de agronegócio”, detalha Valter Silva.

Outra atividade que tem grande potencial de produção de biogás é a suinocultura. Por meio de parcerias e associações, os produtores podem viabilizar o investimento em unidades compartilhadas para geração conjunta de energia elétrica. O biometano oriundo da biomassa tem um maior apelo ecológico, com menores níveis de contaminantes em comparação com o oriundo dos aterros e esgotamento sanitários. Mesmo assim, o biogás produzido nesses aterros, mesmo com um poder calorífico menor, pode ser utilizado para geração local de energia em sua forma natural e com boa eficiência energética, sem a necessidade de processamento para obtenção de biometano.

Gizele Oliveira, AGEMS

Fotos: Divulgação

Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

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