O regime climático de Mato Grosso do Sul é marcado por dois períodos bem definidos: o chuvoso, que vai de outubro a abril, e o seco, de maio a setembro. Essa alternância influencia diretamente o comportamento dos rios no Estado, especialmente na Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai – uma das mais relevantes do ponto de vista ambiental e econômico.
Durante o período chuvoso 2024/2025, dados da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) mostram que os volumes acumulados de precipitação superaram a média histórica em 8 dos 11 pontos de monitoramento instalados na bacia.
É importante destacar que os totais apresentados ao longo deste relatório se referem à soma das chuvas registradas em todas as estações de monitoramento da bacia, e não ao volume acumulado em apenas um ponto específico.
As informações são coletadas por meio de Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) hidrometeorológicas distribuídas em trechos estratégicos dos rios Paraguai, Aquidauana, Miranda, Taquari, Cuiabá e Piquiri.
Ladário e Miranda lideram os volumes acumulados
Entre os pontos com chuvas acima da média histórica, destacam-se Ladário, que registrou 1.082,8 mm de chuva – 412,2 mm acima da média do período; Miranda, com um acumulado de 1.034,2 mm, superando em 236,2 mm a média histórica; e Palmeiras, na região do rio Aquidauana/Miranda, com 1.091,8 mm – um excedente de 139,1 mm.
Outras estações, como São Francisco (rio Paraguai), Aquidauana e Coxim (rio Taquari), também apresentaram volumes superiores às médias, embora com variações menos expressivas.
Na contramão, a estação de Porto Esperança (Corumbá) registrou o maior déficit do período: 468,4 mm de chuva, o que representa 257,9 mm a menos que a média histórica, ou 35,5% abaixo do esperado. As estações de Porto Murtinho e Pousada Taiamã também apresentaram acumulados inferiores à média, embora com desvios menos acentuados.