Ela caminhava lentamente sob a luz dourada da tarde, e o sol, como se reconhecesse sua beleza, fazia questão de acariciar cada traço seu com carinho. Os cabelos, soltos ao vento, cintilavam como fios de cobre em brasa, dançando com leveza a cada brisa. Seus olhos, refletindo o céu limpo, pareciam carregar a calma de um horizonte infinito.
A pele dourada pelo calor do dia resplandecia com suavidade, como se o próprio sol tivesse escolhido repousar ali, sobre ela. Seus passos tinham a graça da natureza — firmes, mas serenos, como quem pertence ao mundo sem esforço. Ela não precisava dizer nada; seu silêncio falava com a intensidade de um poema.
Era impossível não notar: havia algo nela que transcendia a beleza comum. Era a mistura de luz, força e paz que tornava sua presença um espetáculo silencioso, como um pôr do sol que ninguém quer que acabe.
E ali, sob o céu aberto, ela parecia não apenas caminhar — mas fazer o próprio dia valer a pena.