Ela não precisava de palavras para ser notada — bastava o som dos saltos no mármore e o perfume que deixava no ar, como uma promessa que ninguém sabia decifrar. Seu olhar carregava segredos antigos, desses que só as mulheres que conhecem o poder do silêncio conseguem guardar.
Caminhava como se o mundo girasse no compasso de seus passos, dona de uma confiança que não se compra, nem se ensina. Sua presença não era barulhenta, mas deixava marcas — como um arrepio na pele ou uma lembrança que insiste em voltar. Não era apenas bela. Era perigosa. Era desejo e enigma, caos e encanto.
Sedutora? Sim, mas nunca vulgar. Sabia o valor de uma insinuação sutil, de uma risada baixa, de um olhar que ficava. Não era ela quem se oferecia — era o mundo que se perdia tentando alcançá-la.