Implementado para pacificar as comunidades indígenas e estreitar o relacionamento com as forças policiais em Mato Grosso do Sul, os conselhos comunitários de segurança indígena – uma política de Estado – já são vistos como modelo a ser implantado em outras regiões do país. Recentemente, um grupo do Ministério da Justiça esteve em Mato Grosso do Sul para conhecer e levar a proposta para comunidades no Amazonas e Pará.
Os conselhos comunitários de segurança são grupos de pessoas de um mesmo bairro ou região, que se reúnem para analisar, planejar e acompanhar as soluções de seus problemas comunitários de segurança. Eles atuam diretamente com órgãos de segurança como Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, promovendo aproximação e pacificação da região.
O trabalho é feito no Estado desde 2006, e nos últimos anos tem sido levado também às comunidades indígenas como mais uma ferramenta para dialogar com as mais diversas etnias, vencendo inclusive a barreira da língua.
“Não é simplesmente chegar e instituir. O trabalho inclui reunir essas pessoas, apresentar a ideia, e depois de convencidas vem a formação, o treinamento em mobilização comunitária”, explicou o coronel Wagner Ferreira da Silva, secretário-executivo de Segurança Pública da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).
“Os conselheiros são a voz da comunidade, e são eleitos para essa representatividade. Eles aproximam os moradores das forças de segurança e ajudam a resolver problemas coletivos”, completou o coronel.