Ela caminhava devagar, os pés afundando suavemente na areia morna. O sol já começava a se deitar no horizonte, tingindo o céu com tons dourados e alaranjados. Seus cabelos dançavam com o vento salgado, livres como as ondas que quebravam à sua frente.
Vestia um vestido leve, quase transparente, que se movia com a mesma leveza que a brisa do fim de tarde. Em seus olhos, havia uma calma profunda, como quem carrega oceanos dentro de si. Ela não precisava dizer nada — sua presença se misturava ao som do mar, à imensidão do céu e ao cheiro de maresia.
Sentou-se próxima da água, deixando que as ondas molhassem suas pernas. Fechou os olhos por um instante e respirou fundo, como se ali, naquele instante, tudo estivesse em paz. Era como se o mundo parasse para ouvi-la silenciar.
Naquela praia, ela não era apenas uma mulher. Era parte da natureza. Era vento, era mar, era liberdade.
