O Governo de Mato Grosso do Sul reforça o chamado para que os hospitais locais, de apoio e regionais de saúde formalizem a adesão à Pehosp (Política Estadual de Incentivo Financeiro Hospitalar). O prazo encerra terça-feira (30) e 62 unidades podem aderir ao modelo, que traz critérios inéditos de financiamento e promete reorganizar a rede hospitalar do Estado.
A política, válida para os anos de 2025 e 2026, foi elaborada com base em critérios técnicos e diálogo com gestores, prefeitos, dirigentes hospitalares e conselhos de saúde. O modelo combina repasse fixo, que assegura a manutenção de serviços essenciais como pronto atendimento 24h, partos, cirurgias e UTIs, com repasse variável, calculado a partir da produção registrada nos sistemas oficiais do SUS (Sistema Único de Saúde).
A lógica é garantir estabilidade financeira para as unidades, ao mesmo tempo em que estimula desempenho, eficiência e resolutividade. A Pehosp também integra os hospitais aos fluxos das RAS (Redes de Atenção à Saúde), permitindo que cada serviço atue de acordo com seu nível de complexidade. Assim, os hospitais locais absorvem demandas que antes sobrecarregavam unidades de referência, liberando estas para os casos de alta complexidade.
Reorganização da rede e investimentos estruturais
A diretriz está alinhada ao processo de transformação dos hospitais regionais, como o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, que passa por uma PPP (Parceria Público-Privada) com investimentos de quase R$ 1 bilhão. A proposta prevê ampliação de 362 para 577 leitos, modernização de estruturas físicas, novos blocos hospitalares, automação de serviços e soluções sustentáveis, como energia solar e reuso de água.
Essa regionalização engloba o Hospital Regional de Três Lagoas, e o Hospital Regional de Dourados, cuja Policlínica Cone Sul integrante do hospital deve entrar em operação na próxima segunda-feira (29). Essas unidades estão sendo estruturadas como pilares estratégicos da nova arquitetura da saúde estadual.



