Ela caminhava para dentro de si como quem explora um território desconhecido. Não tinha mapa, nem pressa — apenas a vontade sincera de descobrir quem realmente era. Aos poucos, foi percebendo que se conhecer não era um destino, mas um caminho feito de pequenas revelações.
Descobriu que gostava do silêncio tanto quanto da música alta, que suas forças vinham de lugares que antes achava fracos, e que suas fragilidades, na verdade, eram convites para se cuidar melhor. Aprendeu a ouvir seus próprios desejos, a reconhecer seus limites, a entender o que a fazia brilhar e o que a apagava.
Em frente ao espelho, enxergou mais que um rosto: viu histórias, cicatrizes, sonhos, e uma coragem que sempre esteve ali, mesmo quando ela duvidava. Se conhecer era aceitar cada parte sua — a calma, o caos, a doçura, a tempestade.
E quanto mais se descobria, mais leve ficava. Mais verdadeira. Mais dona de si. Porque a mulher que aprende a se conhecer também aprende a se escolher — e isso muda tudo.



