29.2 C
Campo Grande
HomeNotíciasÚnico selecionado pelo PNUD no Centro-Oeste, projeto busca rastrear e prevenir hepatites...

Único selecionado pelo PNUD no Centro-Oeste, projeto busca rastrear e prevenir hepatites em presídios da capital

O projeto “Saúde atrás das grades” está levando ampliação das ações estratégicas para rastreio e diagnóstico das hepatites virais em duas unidades prisionais de Campo Grande, sendo uma de regime semiaberto e outra do regime aberto. Iniciado em outubro, o trabalho é executado pela Associação Águia Morena de Redução de Danos, por solicitação do Ministério da Saúde e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-Brasil).

A ação prossegue até julho do ano que vem com o objetivo fortalecer as políticas de vigilância em saúde, integrando as gestões Estadual e Municipal para a ampliação do acesso das pessoas privadas de liberdade aos serviços de prevenção, diagnóstico, monitoramento, tratamento e atenção às Hepatites Virais B e C.

A iniciativa é realizada por meio de parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e as gerências técnicas de IST/AIDS do município e Estado. A proposta integra uma lista de 15 projetos aprovados pelo Ministério da Saúde e PNUD-Brasil para a ampliação de estratégias de redução de risco às hepatites virais no Brasil, sendo a única selecionada na região do Centro-Oeste.

Único selecionado pelo PNUD no Centro-Oeste, projeto busca rastrear e prevenir hepatites em presídios da capitalDe acordo com o coordenador dos trabalhos, Everton Lemos, que é enfermeiro e doutor em doenças infecciosas, em 10 meses serão realizados  1.000 testes de hepatites virais (B e C) e ainda Sífilis e HIV/Aids em internos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira (CPAIG), unidade de regime semiaberto, e da Casa do Albergado, regime aberto. “Os casos reagentes serão encaminhados para rede de assistência à saúde para confirmação diagnóstica e tratamento”, explica. “Serão realizadas ações de promoção da saúde, com educação em saúde e oferta de preservativos e material orientativo”, complementa.

A ampliação da oferta de testagem para identificação de pessoas com hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis são estratégias necessárias para a detecção de casos e início de tratamento precoce. “Esse projeto, em parceria com a Agepen, é de grande importância para o desenvolvimento do controle e combate a essas doenças no cenário das prisões”, comenta o coordenador.

Único selecionado pelo PNUD no Centro-Oeste, projeto busca rastrear e prevenir hepatites em presídios da capitalAlém da equipe da Associação Águia Morena, os trabalhos contam com apoio da Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, por meio de sua Divisão de Assistência à Saúde Prisional; diretores e equipes de saúde das unidades prisionais envolvidas, e de enfermeiros e mobilizadores sociais.

A chefe da Divisão de Assistência à Saúde Prisional da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, esclarece que as parcerias, sejam com os órgãos governamentais ou não governamentais, são muito importantes para o desenvolvimento de ações que tenham como intuito a prevenção e o tratamento de doenças que possam acometer os privados de liberdade custodiados pela instituição. “No caso da hepatite, mais especificamente a hepatite C, o diagnóstico tardio pode levar a óbito”, destaca, lembrando que após o diagnóstico todo o tratamento vai correr dentro da rede de Assistência a Saúde/SUS.

O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, reforça que a atenção à saúde da população carcerária em Mato Grosso do Sul é constante, prova disso são as inúmeras ações desenvolvidas. “Além de mutirões e inclusão em todas as campanhas realizadas com a população externa, temos iniciativas específicas, como esta”, finaliza.

Keila Oliveira, Agepen

Fotos: Divulgação

Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

Comentários do Facebook
- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img