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Setembro Verde: ALEMS reforça apoio à doação de órgãos e tecidos

De Mato Grosso do Sul para o mundo, uma história que inspira o Setembro Verde, emociona e reforça o poder transformador do gesto de amor, é da Roseli Maria Cervi Kohl, aposentada e moradora de Coxim-MS. Gaúcha de Faxinal do Soturno-RS, Roseli doou medula óssea em 2011 para um paciente nos Estados Unidos, por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). “Minha vida ganhou um novo significado a partir deste momento”, conta a doadora, que viu seu ato ultrapassar fronteiras e salvar uma vida sem jamais ter conhecido o receptor. Ela foi chamada pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba-PR, para a realização do procedimento. Conforme explica, as informações sobre a  pessoa que recebeu o transplante de medula óssea eram limitadas e a probabilidade de haver um doador compatível fora da família era mínima, cerca de uma em um milhão. “Fiquei imensamente feliz por ajudar a salvar uma vida”, disse.

A decisão dela se inscrever no banco de doadores – o Redome – foi em 2008 durante uma campanha, mas jamais imaginava que um dia poderia ajudar alguém neste sentido. “Eu recebi uma ligação do Instituto Nacional de Câncer (Inca) no fim do ano de 2010 confirmando a compatibilidade com um paciente que aguardava transplante nos Estados Unidos. Fiquei imensamente feliz em pensar na possibilidade de ajudar alguém e de que poderia salvar a vida de uma pessoa estrangeira. Desde o momento da ligação, ganhei muito apoio e incentivo de toda a minha família para realizar o procedimento. A partir daí, o processo começou com a coleta de sangue”, explica.

A medula óssea é um tecido líquido localizado no interior dos ossos, onde são produzidos os componentes do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Essas são as células substituídas no transplante de medula. Na doação por punção da medula óssea, é comum sentir dor no local da punção (quadril), mas ela tende a desaparecer dentro de alguns dias e a maioria dos doadores retorna às suas atividades normais uma semana após o procedimento. Na doação por aférese de sangue periférico, o doador pode apresentar um quadro gripal por conta da medicação ingerida para estimular as células-tronco hematopoéticas, contudo, é possível retornar às atividades normais logo no dia seguinte. Foi esse o caso de Roseli, que afirma não ter sentido dor nem apresentado qualquer reação adversa.

Segundo ela, antes da doação, foi necessário realizar muitas consultas e exames, incluindo ecocardiograma, eletrocardiograma e ultrassonografias. E no dia 3 de janeiro de 2011, acompanhada do marido, ela seguiu para o hospital localizado em Curitiba para iniciar o procedimento. Ela lembra que todo o processo foi extremamente seguro e tranquilo, com duração de seis dias na capital paranaense. “Neste período em que fiquei no hospital passei por muitas consultas e exames. Nos dias 10 e 11 de janeiro de 2011, foi realizada a coleta de células-tronco do sangue”, relata. A aposentada destaca o apoio recebido da família. “Desde o primeiro momento da ligação, todos ficaram emocionados e na torcida para a compatibilidade e que o procedimento acontecesse com sucesso. Eles estavam ansiosos para saber como foi. Sou muito grata a Deus por essa oportunidade e tenho certeza de que foi uma das atitudes mais importantes da minha vida”, enfatiza Roseli Kohl.

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