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China sinaliza que compra de soja dos EUA depende da remoção de tarifas ‘irracionais’

Agricultores colhem soja
REUTERS/Enrique Marcarian
Ao ser questionado se a China compraria soja norte-americana, o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong, disse que os EUA precisam remover o que a China descreveu como tarifas irracionais e criar condições para expandir o comércio bilateral.
A declaração aconteceu durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25) e foi divulgada pela Reuters.
Em abril, no chamado “dia da libertação”, Trump impôs altas tarifas sobre produtos originários da maior parte dos países, incluindo uma tarifa de importação de 145% sobre produtos chineses.
O país asiático é o maior comprador de soja do mundo e ainda não reservou nenhuma carga de soja dos EUA de sua safra de outono, disseram operadores. Em contrapartida, a China optou pelo fornecimento da América do Sul, segundo a Reuters.
As tensões comerciais não resolvidas entre os EUA e China interromperam compra da soja americana por este país e fizeram os agricultores dos EUA podem perder bilhões de dólares em vendas.
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Na segunda-feira, o negociador sênior de comércio da China, Li Chenggang, reuniu-se com líderes políticos e empresariais do Meio-Oeste dos EUA, onde a maioria da soja norte-americana é colhida.
O encontro, segundo a Reuters, sinaliza que a segunda maior economia do mundo poderia comprar alguns grãos de soja dos EUA antes de negociações comerciais mais abrangentes.
No entanto, a discordância em relação aos detalhes técnicos parece estar complicando as negociações. Autoridades comerciais da China e dos EUA devem se reunir novamente.
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Produtores de soja enfrentam perdas após a China suspender as compras do grão em meio à disputa comercial. O país asiático deixou de reservar importações da safra de setembro a janeiro, o que pode causar prejuízos de bilhões de dólares.
Enquanto isso, o país asiático aumentou as compras de soja brasileira para atender a demanda interna.
Em agosto, a Associação Americana de Soja alertou Trump, em carta, que o setor está “à beira de um precipício comercial e financeiro”.
“Os produtores de soja dos EUA não podem sobreviver a uma disputa comercial prolongada com nosso maior cliente”, afirmou o presidente da associação, Caleb Ragland.
Na Dakota do Norte, os produtores Josh e Jordan Gackle disseram ao New York Times que terão perda de US$ 400 mil neste ano em sua fazenda de 930 hectares, devido à suspensão das compras chinesas.
Segundo o jornal, antes das tarifas de Trump, mais de 70% da soja produzida na Dakota do Norte era exportada para a China.
“Tudo isso é desnecessário. Os EUA não foram forçados a entrar nessa situação por ninguém”, disse Jordan Gackle ao New York Times.
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Fonte:

g1 > Agronegócios

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