De um lado, alguém que já coleciona histórias em mais de seis décadas de vida. Do outro, quem ainda está descobrindo o que os anos reservam. Separados pelo tempo, jovem e pessoa idosa se encontram em cartas, olhares e partidas de jogo.
À primeira vista, a ideia pode até parecer fantasiosa, mas a naturalidade com que ambos se recebem mostra que é não só possível, como necessário, conectar gerações.
Na sexta-feira de manhã, último dia de outubro, o salão do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Ribas do Rio Pardo, a 102 km da Capital, foi tomado por mesas e cadeiras prontas para acolher convidados especiais: pessoas 60+ do Centro de Convivência do Idoso e alunos da Escola Estadual Dr. João Ponce de Arruda.
À medida que chegavam, duplas de diferentes fases da vida se formavam em torno das mesas. Sem cerimônia, Gabriele Barreto, de 16 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio, puxou não só uma cadeira, como também a conversa com Veraci Oliveira Silva, aposentada de 65 anos. Antes mesmo das apresentações, as duas já riam como velhas conhecidas.
Na semana anterior, ambas haviam trocado cartas: um exercício simples, e cheio de significado. Na escola e no CCI, cada grupo foi convidado a escrever o que gostaria de dizer à outra geração.
Separados por décadas, remetente e destinatário se encontram em projeto que une gerações
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