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MS tem o 2º maior crescimento do PIB do país em 2023: avanço de 13,4% foi quatro vezes superior à média nacional

O PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul registrou em 2023 um crescimento real de 13,4%, avanço 4,1 vezes superior ao PIB nacional, que ficou em 3,2% no período. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O desempenho sul-mato-grossense foi o segundo maior do país, atrás apenas do Acre (14,7%).
Conforme o relatório do Sistema de Contas Regionais do IBGE, elaborado em parceria com a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o PIB estadual totalizou R$ 184,4 bilhões, consolidando Mato Grosso do Sul como a 15ª economia do país, mantendo uma participação de 1,7% no PIB brasileiro. Em termos per capita, o valor chegou a R$ 66.884,75, o 6º maior do Brasil e o 2º da Região Centro-Oeste.
“Esse resultado é um marco importante, pois reflete o primeiro ano da gestão do governador Eduardo Riedel, que vem consolidando um modelo de desenvolvimento baseado em sustentabilidade, inovação e competitividade. Esse crescimento é resultado direto da força produtiva do Estado, da eficiência da agropecuária e da consolidação industrial. É um sinal claro de que Mato Grosso do Sul está no caminho certo”, destaca o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
O desempenho do PIB de 2023, de acordo com o relatório, foi sustentado por um forte avanço da agropecuária, que cresceu mais de 25% em valor adicionado e ampliou sua participação no PIB estadual para 25,92%, o equivalente a R$ 41,8 bilhões. O resultado reflete safras recordes de soja, milho e cana-de-açúcar, com ganhos expressivos de produtividade e expansão de área cultivada. O relatório das Contas Regionais destaca que o setor apresentou o maior crescimento em volume de valor adicionado dentre todas as atividades econômicas do Estado, sendo 55% superior ao registrado em 2022.
O setor industrial também teve desempenho positivo, respondendo por 22,35% do PIB estadual (R$ 36 bilhões) e sustentado principalmente pelas indústrias de transformação, que representaram 14,77% do total. Nesse grupo, destacam-se a produção de celulose, biocombustíveis, alimentos e bebidas, além da geração e distribuição de energia elétrica e gás, que cresceram cerca de 7% em volume.
Já o setor de serviços manteve o maior peso na economia, representando 51,7% do PIB, o equivalente a R$ 83,5 bilhões. Nesse segmento, o destaque vai para atividades imobiliárias (7,55%), comércio (10,48%), atividades financeiras (3,63%) e administração pública, educação e saúde (16,63%).
“O crescimento do PIB em 2023 foi impulsionado principalmente pela agropecuária, com as safras recorde de grãos, de cana-de-açúcar e pela força do complexo da proteína animal e da silvicultura, que mantiveram alto nível de produção e exportações. As indústrias de transformação e da construção também contribuíram para o avanço. O setor de serviços registrou expansão, acompanhando a recuperação do emprego formal e o aumento da renda”, explica a economista Bruna Mendes, assessora especial de Economia e Estatística da Semadesc, responsável pela elaboração técnica do relatório.
Na comparação com os demais estados, Mato Grosso do Sul registrou a segunda maior taxa de crescimento do Brasil, à frente de Mato Grosso (12,9%) e Tocantins (8,0%). Dentro da Região Centro-Oeste, o Estado respondeu por 15,9% do PIB regional. O levantamento também mostra que, entre 2019 e 2023, Mato Grosso do Sul apresentou taxa média anual de crescimento de 3,75%, mais que o dobro da média nacional, que foi de 1,79%. Desde 2010, o PIB nominal quase quadruplicou, saltando de R$ 47,3 bilhões para R$ 184,4 bilhões.

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